terça-feira, 24 de novembro de 2009



RESUMO
A aprendizagem age de forma constante no processo de formação do sujeito. A psicologia tendo como um dos objetos de estudo a subjetividade, trata deste tema de forma rica e sempre em transformação. Na definição de teorias e na sua interpretação busca o melhor desempenho na assimilação de conhecimento. O relatório científico aqui apresentado trata do tema aprendizagem e subjetividade de forma multidisciplinar, abordando aspectos importantes e recorrentes deste assunto. Foi traçada uma pesquisa bibliográfica em cima de artigos produzidos, na sua maioria por psicólogos, onde houvessem abordados os assuntos aprendizagem e subjetividade. O objetivo deste trabalho é traçar uma linha de inter-relação do tema com as disciplinas estudadas no primeiro módulo do curso de psicologia, que tem como eixo temático e objetivo a formulação e percepção da psicologia como ciência.

I INTRODUÇÃO
A aprendizagem ocorre na relação entre a objetividade (a realidade, o conhecimento, a lógica, o espaço, o tempo, o intelecto) e a subjetividade (o simbólico, o desejo, as representações, os afetos).
Nos processos de aprendizagem, a capacidade de aprender que torna possível, às gerações futuras, tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores, acrescentarem sua própria contribuição e, assim, promover o progresso. É importante assinalar, que, os processos de aprendizagem são indissociáveis porque internalizamos modelos de aprender em reciprocidade aos modelos de ensino com os quais interagimos durante a vida nos grupos aos quais pertencemos.
Dentre os diversos temas que interagem com a subjetividade, escolhemos a aprendizagem por se tratar de um assunto que sempre está em evidência e ainda pelas relações diretas com as disciplinas estudadas neste módulo, anatomia e neuroanatomia, sociologia, epistemologia da psicologia, antropologia cultural, política e sociedade.
Delimitamos nossa linha de pesquisa às concepções de aprendizagem mais conhecidas e discutidas: cognitivista e comportamental; aos aspectos neuroanatômicos relacionados à memória, ferramenta importante do processo de aprendizagem; aos aspectos sócio-culturais, onde a relação do indivíduo com o meio transforma sua subjetividade e por fim o Psicólogo Educacional, que se apoiando em conceitos e métodos científicos aplicam os conhecimentos relacionados e ainda enriquece na formulação de novas teorias e percepções.
O objetivo deste trabalho é apresentar as formas interdisciplinares das relações de psicologia e aprendizagem com as disciplinas já citadas deste módulo. Considerando a aprendizagem e subjetividade tema pertinente e muito estudado neste campo da ciência.
II DESENVOLVIMENTO
II.1 SOBRE O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO TIDIR
A pesquisa envolveu procedimentos que objetivaram desenvolver conhecimentos sobre a psicologia como ciência e ainda a subjetividade.
Foram realizadas pesquisas eletrônicas utilizando ferramentas de busca na internet sobre os temas que poderiam ser relacionados à subjetividade, como: a questão do negro, os idosos, os drogaditos, aprendizagem, entre outros. Com esta pesquisa preliminar foi escolhido o tema “subjetividade e aprendizagem”, por se tratar de um tema interessante e ainda com grandes possibilidades de interlocução com todas as disciplinas estudadas neste módulo.
Partindo da escolha do tema, foi realizada nova pesquisa, agora especificamente relacionada à aprendizagem e subjetividade. O primeiro produto na elaboração deste trabalho foi a resenha de um artigo, que foi elaborado com o intuito de conhecermos mais o tema e ainda delimitar as áreas de desenvolvimento do trabalho, os sub-temas. Para tanto cada membro do grupo depois de eleger um artigo, desenvolveu uma resenha e a partir daí delimitou os sub-temas.
Com a orientação dos professores e da orientadora, realizamos leituras e fichamentos, já atrelados ao sub-temas e às perguntas que foram encaminhadas aos professores para serem desenvolvidas nos seminários destinados à discussão da interdisciplinaridade do tema. Nestes seminários houve além de indicação bibliográfica, orientações gerais sobre o viés que deveríamos seguir no desenvolvimento do trabalho.
Além das resenhas individuais, foram realizadas resenhas em dupla, com pelo menos um referencial teórico sobre a relação de cada disciplina com a aprendizagem e subjetividade.
Por fim, já com os produtos feitos por cada um e pelo grupo, houve a elaboração do presente trabalho.
Paralelamente a toda essa produção, o banner que deverá ser apresentado na Mostra UNA e o blog postado na Internet foi produzido buscando a divulgação do tema escolhido de forma objetiva, buscando recursos visuais e eletrônicos.
II.2 SUB-TEMAS
II.2.1TEORIAS DA APRENDIZAGEM – COGNITIVO E COMPORTAMENTA
Dentro da Psicologia a aprendizagem é um dos termos mais estudados. Uma das razões deste interesse no processo de aprender é que praticamente todo comportamento humano é aprendido.
A palavra aprendizagem envolve variáveis que se combinam de diversos modos, ela está sujeita a influência de fatores internos e externos, individuais e sociais. Aprender é uma palavra antiga e na língua portuguesa durante a Idade Média, já significava fixar na mente ou na memória, conhecer. A aprendizagem relaciona-se com operações e fenômenos diversos, como a motivação, a percepção, o desenvolvimento psicológico do organismo, a estrutura da personalidade, fatores sociais e culturais e muitos outros.
E é a capacidade de aprender que torna possível às gerações futuras tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores, acrescentar sua própria contribuição e, assim, promover o progresso.
Segundo Catania (1999) a aprendizagem tem que ocorrer por meio de alguma mudança no cérebro. Por isso, pela impossibilidade de observação direta, a aprendizagem é constatada e estudada através de seus efeitos sobre o comportamento.
No entanto existe um debate entre psicólogos intitulados comportamentalistas e os cognitivistas. Entre eles algumas dificuldades surgem porque esses dois tipos de psicólogos estão interessados em questões diferentes. Os comportamentalistas tendem a lidar com questões relativas à função. Enquanto os cognitivistas tendem lidar com questões de estrutura. Problemas estruturais dizem respeito a como o comportamento e o ambiente estão organizados. Enquanto problemas funcionais tendem falar uma linguagem comportamental.
Em se tratando de comportamento para darmos sequência no estudo da aprendizagem é preciso estudar como o comportamento pode ser modificado. E comportamento nada mais é do que qualquer coisa que um organismo faça, sendo ele caracterizado por verbos. E se observarmos um organismo veremos que ele sofre estímulos, pratica respostas e acarreta com isso consequências. Os estímulos são eventos no mundo e as respostas são instâncias do comportamento. E para completar dentro do comportamento as respostas são realizadas conforme uma hierarquia que prevalece os interesses momentâneos e deixa por último aqueles de menor importância.
E ao falarmos da aprendizagem é muito importante citarmos o período do ensino fundamental, que se estende dos seis aos doze anos de idade, e é nela que a criança vivencia a experiência escolar. É muito importante que seja reconhecida à capacidade de realizar tarefas em seu meio. Nesse momento ocorre a crise evolutiva advinda do desafio da produtividade e da inferioridade. O sucesso escolar contribui satisfatoriamente para o desenvolvimento da criança e seu fracasso pode trazer sensação de descumprimento de tarefa e dificultar o seu desenvolvimento posterior. Assim, intervenções positivas mesmo para rendimentos baixos tendem a melhorar o nível de rendimento sendo ponto importante para construção das crenças no momento da aprendizagem.
Conforme estudos realizados sobre à auto-eficácia e os aspectos comportamentais de crianças com dificuldade de aprendizagem destacou-se a importância da influência que o meio ambiente exerce na formação das crenças das crianças. Mostrou-se que há comparações sociais, e a avaliação do desempenho efetivo feita pelos outros têm influência sobre o desenvolvimento do senso de auto-eficácia da criança em formação.
A auto-eficácia foi definida como “a crença do indivíduo sobre sua capacidade de desempenho em atividades especificas” (MEDEIROS e col, 2000. p.238) e esta pesquisa provou que a auto-eficácia influencia a aprendizagem, a motivação e a realização acadêmica. Através da auto-avaliação se altera o pensamento e também o comportamento como conseqüência.
Estudos comprovam que crianças com dificuldades escolares podem trazer juntamente informações de desordem emocional e comportamental. Por isso, a descrença em suas capacidades pode enfraquecer seus esforços, fazendo com que as pessoas evitem situações que possivelmente excedam suas capacidades.
A criança dentro da sala de aula aprende mais facilmente quando dá sentido ao que está sendo ensinado. O conteúdo deve deixar de ser apreendido como obrigatório e deve ser entendido como algo importante e que tenha significado para sua vida. Assim se torna imprescindível a função do educador que deve introduzir a matéria de forma a despertar o interesse pelo novo. Para isso a individualidade deve ser bem trabalhada para que a formação possa atender cada um em particular. Foi mostrado que o fracasso escolar é uma recusa à aprendizagem devido a uma falta de interesse pelo ensinamento que muitas vezes segue um padrão que não estimulas os alunos.
Este trabalho discute questões como didática em sala de aula, forma de aprendizagem da criança e a necessidade da interação com a realidade como facilitador do raciocínio e conseqüente aprendizagem infantil.
II.2.2 ASPECTOS DA NEUROANATOMIA
A memória compreende o conjunto de habilidades mediadas por diferentes módulos do sistema nervoso, segundo Xavier (1993) processando as informações dividindo as tarefas a serem desempenhadas no nosso mundo externo, através do campo visual, olfato, tato e paladar. Nosso processo de aprendizagem começa nos nossos primeiros anos de vida e se desenvolve no decorrer da nossa trajetória de vida, formando posteriormente nossa personalidade e com ela somos inseridos em nossa cultura dentro da sociedade.
Abordamos vários tipos de memórias como: memória de longo e curto prazo, memória recente e remota, memória operacional e de referência, memória episódica e semântica, memória de procedimento e declarativa, memória implícita e explícita. A memória desenvolve também lesões como Alzheimer e amnésia, onde o indivíduo tenta recuperar a parte lesada perdida, através do processo de aprendizagem, pois é considerada memória fraca devido às falhas na codificação, deficiência no armazenamento. Neste contexto é interessante notar que as lesões combinadas do hipocampo e amídala prejudicam o desempenho em tarefas de discriminação condicional com retardo, mas não a aprendizagem (XAVIER, 1993).
Os movimentos repetitivos auxiliam para o armazenamento e a capacidade de prestar atenção constitui a principal limitação do processamento de informação, dependendo do processamento consciente depende do direcionamento da atenção, que a intencionalidade é fator fundamental para o desempenho de uma ação consciente complexa e que o ambiente para qual se desenvolve a ação faz parte da intencionalidade. O cérebro se organiza sob a forma de módulos funcionais capazes de trabalhar em conjunto e independente e esses módulos desempenham suas funções, através deste processamento as informações são distribuídas paralelamente e as informações são analisadas rapidamente. O sistema nervoso está organizado de forma estritamente modular, cada módulo mantém conexões diferentes com os outros e o nível de independência no funcionamento desses módulos parece variar (XAVIER, 1993).
“Memórias são como chocolates, elas possuem diferentes formas e características e contêm diferentes tipos de informações, assim a tarefa do neurocientista não é investigar o substrato neural singular de uma memória monolítica, mas identificar cada um dos diferentes sistemas neurais subjacentes a cada um dos tipos de memória”. (XAVIER apud OLTON, 1993. p. 62)

II.2.3 ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS
Segundo pesquisas realizadas por (Edit, N. M. (2004), os aspectos sócio-culturais apresentam-se cada vez mais influentes no que diz respeito ao caráter de desenvolvimento das habilidades necessárias para o processo de aprendizagem. Buscando através da vivencia social, cultural, familiar e dos aspectos físicos e biológicos uma melhor adaptação as necessidades de cada individuo. Já que a subjetividade trata de algo inato ao ser humano, e que interfere nas diversas habilidades desenvolvidas ao longo de suas vidas, tornou-se necessária uma adaptação diferenciada que pudesse despertar a motivação, e interação do individuo com seu meio de aprendizagem, buscando assim, alcançar o fim desejado. Após diversas pesquisas, concluiu-se que os aspectos sócio-culturais afetam em grande parte, na interação do individuo com o meio de aprendizagem, onde um bom desenvolvimento social e cultural bem como a adaptação de técnicas que se apóiem na subjetividade teve grande êxito como formas de capacitação e motivação do individuo em sintetizar novos conhecimentos.
Para que se considere o pensamento culturalmente mediado é necessário especificar não apenas os artefatos através dos quais o comportamento é mediado, mas também as circunstâncias nas quais o pensamento ocorre. Estas considerações nos levam de volta ao ponto essencial de que todo comportamento humano deve ser entendido relacionalmente, em relação ao seu contexto. (RIBAS apud COLE, 2006. p.132)
Finalmente, deve-se buscar atenção continua a cada individuo no que diz respeito aos impactos causados pelo desenvolvimento sócio cultural, visto que este é atingido constantemente por aspectos esternos e internos ao mesmo, o que pode modificar de acordo com o grau de adaptação e interesse gerados por estas modificações, já que as primeiras aprendizagens se dão em aspectos sócio culturais e são afetadas pelo mesmo durante toda a vida, temos que nos redefinir a cada momento, gerando assim empatia ou não por tudo que for colocado nesta complexa área dos aspectos que interferem no desenvolvimento da aprendizagem. Isto faz com que a necessidade de enfocar aspectos socioculturais nas investigações em psicologia seja destaque de diferentes autores, em diferentes épocas, onde o aspecto sociocultural representa uma grande fonte de conhecimento. São discutidas algumas idéias centrais da abordagem sociocultural, mudanças pelas quais passou nas últimas décadas por seus diferentes conceitos e autores, considerando a cultura e o contexto social como elementos centrais que se articulam de maneira conjunta na formação do individuo.

Do mesmo modo que a vida de uma sociedade não representa um único e uniforme todo, e a sociedade ela mesma é subdividida em diferentes classes, assim também, não pode ser dito que a composição das personalidades humanas representa algo homogêneo e uniforme em um dado período histórico, e a psicologia tem que levar em conta [...] o caráter de classe, natureza de classe e distinções de classe que são responsáveis pela formação dos tipos humanos. As várias contradições internas que são encontradas nos diferentes sistemas sociais encontram sua expressão tanto no tipo de personalidade quanto na estrutura da psicologia humana naquele período histórico (EDIT apud VIGOTSKI, 2004. p.434)

Em nosso entender, uma teoria, como a Psicologia Histórico-Cultural, que compreende o homem não somente como mais um animal na escala evolutiva biológica, mas sim, como um ser capaz de superar os limites dados pelo seu organismo através do desenvolvimento de instrumentos externos que modificam suas condições de vida e de instrumentos psicológicos (signos) que lhe permitem controlar seu próprio comportamento, é capaz de auxiliar na crítica e superação de algumas vertentes explicativas que servem muito mais à manutenção da atual sociedade excludente do que à sua transformação.

II.2.4 O PSICÓLOGO EDUCACIONAL

A trajetória da Psicologia da Educação trouxe para seu contexto o processo de democratização educacional e social. Aliando-se a tendência da psicologia em abrir seu objeto de estudo para os assuntos sociais, este perfil crítico busca a delimitação do lugar da psicologia neste cenário. As funções da psicologia tendo como finalidade a educação estão presentes assim como a ciência.
A prática dos profissionais da Psicologia da Educação, segunda Maria Helena Souza Patto, assume uma dimensão crítica, de acordo com suas pesquisas realizadas ao final da década de 70.
Dentre as finalidades educacionais, há referencias às concepções de desenvolvimento e aprendizagem presentes no trabalho de educadores e de psicólogos.
Pato relaciona os movimentos sociais e teóricos-políticos que marcaram a formação da sociedade no século XX, aos posicionamentos da psicologia como ciência. Ela conclui que embora tenham pontos de referencia e conclusões diferenciadas, a Psicologia da Educação teve seu parâmetro direcionado a fins semelhantes. “Assim, referenda o status quo da Educação e da Psicologia como ciências, por meio da ênfase em aspectos particulares dos indivíduos, das famílias ou do meio sociocultural que caracteriza muitas de suas explicações” (LARA, 2006. p. 474).
A concepção proposta por Vygotsky e descrita por Lara (2006), onde o não há coincidência entre os processos de desenvolvimento e aprendizagem e sim uma sequência, onde o processo de desenvolvimento segue o da aprendizagem que resulta em uma área de desenvolvimento potencial, cria um obstáculo em relação às concepções anteriores. A partir de então é necessário um novo posicionamento da Psicologia como ciência e como profissão.
Analisando as apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria de Vigotski, Duarte defende a “necessidade de uma leitura das teorias da Psicologia a partir de uma leitura das teorias da Psicologia a partir dos pressupostos epistemológicos que lhes dão sustentação.
O que pode ser percebido em algumas análises realizadas por autores como Patto, é a utilização de noções do senso comum sobre a aprendizagem. Segundo Lara (2006), o que deve prevalecer é a utilização de conceitos e de estudos científicos nos processos de desenvolvimento e de aprendizagem. A necessidade de conhecimento científico nesta aplicação do fazer pedagógico se justifica pela constituição de um espaço legítimo de educação. Assim, as reflexões teóricas devem coexistir com a prática dos profissionais envolvidos na educação.
“Por fazerem parte da esfera científica, as concepções de desenvolvimento e de aprendizagem que orientam o trabalho do educador devem ser apropriadas e dirigidas por elementos diferentes daqueles que orientam a vida cotidiana. Assim, para compreender as relações estabelecidas entre os conhecimentos produzidos pela Psicologia e sua apropriação pelos educadores, é importante considerar as esferas cotidianas e não cotidianas de relação do homem com o mundo” (LARA, 2006. p. 479)
Na análise do trabalho realizado por Lara, percebemos a necessidade clara de apropriação de conhecimento científico relacionado à Psicologia, e em especial, pelo tema proposto neste trabalho à Psicologia Educacional. Não há a possibilidade de alienação, de utilização do conhecimento cotidiano, ligado ao senso comum e ao improviso. Lara ainda ressalta a impossibilidade de aliar teorias contrárias e que se anulam no trabalho do psicólogo e dos profissionais atuantes nos processos de aprendizagem, garantindo “uma relação consciente com o que é científico de seu trabalho”

III CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os sub-temas abordados, entendemos a teoria como uma tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observações, de solucionar problemas.
Uma teoria de aprendizagem é, então, uma construção humana para interpretar sistematicamente a área de conhecimento que representa um ponto de vista sobre como interpretar o tema aprendizagem.
Todas essas definições se referem à aprendizagem cognitiva, àquela que resulta no armazenamento organizado de informações, de conhecimentos, na memória do ser que aprende, e esse complexo organizado é conhecido como estrutura cognitiva.
A memória é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos movimentos e dos sentidos, sendo a mesma usada quando necessário for, seja pra executar atividades, resolver problemas, na escola e principalmente na vida. A memória é a base de todo saber, sendo assim precisa ser muito bem estimulada.
A psicologia histórico-cultural assume que o fator biológico determina a base das reações inatas dos indivíduos. Sobre esta base se constitui todo o sistema de reações adquiridas, sendo estas determinadas mais pela estrutura do meio cultural da criança do que pelas disposições biológicas. Se é por meio do processo de apropriação da cultura que cada homem adquire as capacidades humanas, a compreensão atual acerca dos distúrbios de aprendizagem pode ser reconfigurada, demonstrando que mediações adequadas e consistentes podem ter caráter revolucionário para a aprendizagem, ao tornarem presente o talento cultural quando o talento biológico não se revela como esperado.
No Brasil, o reconhecimento da Psicologia como área de conhecimento e prática profissional ocorreu em 1962, mas os marcos históricos já anunciam sua presença junto à Educação entre o fim do século XIX e o início do século XX. A Psicologia Escolar e Educacional tem se constituído historicamente como importante campo de atuação da Psicologia. Sendo assim relatamos importância do Psicólogo Educacional no campo da Aprendizagem.








IV REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FLÔRES, M. L. P.; TAROUCO, L. M. R.. Diferentes tipos de aprendizagem para dar suporte a aprendizagem. Novas tecnologias na educação. V. 6 Nº 1, Julho, 2008
KASTRUP, V. Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. Educação e Sociedade, 2005. p.1273-1288.
KODJAOGLANIAN, V. L.; BENITES, C. C. A. Inovando métodos de ensino – aprendizagem na formação do psicólogo. Psicologia: ciência e profissão. 2003, p. 2-11.
LARA, A. F. L.; TANAMACHI, E. R.; JUNIOR, J. L. Concepções de Desenvolvimento e de Aprendizagem no Trabalho do Professor. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 3, 2006. p. 473-482.
MAGALHÃES, M. de O. A aprendizagem como disciplina de diálogo: Implicações científicas e sociais. Estudos de Psicologia, Campinas, 2003. v. 20, n.1, p. 37-50.
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MEDEIROS, P. C.; LOUREIRO, S. R. A auto-eficácia e os aspectos comportamentais de criança com dificuldades de aprendizagem. Psicologia: reflexão e crítica. 2000, p. 327-336.
MOREIRA, P. C. S. M. Questões da Infancia: Considerações acerca das espaços educativos na formação da criança enquanto sujeito. Anais de resumos e de trabalho completos do XIV Encontro Nacional da ABRAPSO, 2007. http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/anexos/AnaisXIVENA/conteudo/pdf/trab_completo_262.pdf. p. 81-116.
NARDIN, M. H e SORDI, R. O. Aprendizagem da atenção e os modos de subjetivação pedagógica e informacional. Psicologia e Sociedade, 2008. p. 53-61.
ORGLER. R. A constituiçao da inteligencia: uma abordagem psicanalítica. Psicologia: Reflexao e Critica, 2005,18(3),PP.337-342
PEDROZA, R. L. S. Aprendizagem e subjetividade: uma construção a partir do brincar. Revista Departamento Psicologia, UFF. Dez 2005, vol.17, no.2, p.61-76.
PONTES, M. M. L.; HUBNER, C. M. M. A reabilitação neuropsicológica sob a ótica da psicologia comportamental. Revista Psiquiatria Clínica. p. 6-12. 2008.
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TULESKI E EIDT, Psicologia em Estudo, Maringá, v. 12, n. 3, p. 531-540, set./dez. 2007
XAVIER, F.G; A Modularidade da Memória e o Sistema Nervoso. Psicologia, USP, São Paulo, 1993. p. 61-115.

Estilos de Aprendizagem




Resumo

Este artigo fala do Estilo de Aprendizagem, que é um método que uma pessoa usa para adquirir conhecimento. Cada indivíduo aprende do seu modo pessoal e único. Um Estilo de Aprendizagem não é o que a pessoa aprende e sim o modo como ela se comporta durante o aprendizado. é importante frisar que , Estilos de Aprendizagem ajudam a explicar porque uma criança pode aprender a dizer todo alfabeto após ler um livro de alfabetização, enquanto que outras podem aprender a mesma coisa brincando com Blocos de Construção que tenham letras, e ainda outras podem aprender o mesmo cantando músicas como a Canção do ABC. Crianças adquirem conhecimento e absorvem o que aprenderam quando aquele assunto ou habilidade em jogo é ensinado a elas de um modo que há empatia entre a mesma e o tema abordado. Descobrir o Estilo de Aprendizagem da criança é descobrir como ensinar-lhe com mais eficiência e resultados.

Diferentes tipos de aprendizagem para dar suporte a aprendizagem.






Resumo



Neste artigo será mostrado que os tipos diferentes de objeto de aprendizagem contribuem para facilitar o processo de aprendizagem do estudante. Esses objetos podem ser compostos apenas de um elemento ou de vários recursos digitais combinados. Podem ter a lógica e a estrutura para gerar outros objetos,mas acima de tudo devem interagir com os alunos colaborando em sua
aprendizagem.
Palavras-Chave: objeto de aprendizagem. Tipos de objetos.
(Novas Tecnologias na Educação, Flôres e col .junho 2008 p.1)

Aprendizagem




Resumo

Desde a Antiguidade até os dias atuais para se compreender as diversidades e as variáveis envolvidas na construção do conhecimento faz-se necessário o retorno a história do ser humano, equanto indivíduo e humanidade ,sua adaptação aos novos desafios da realidade econômica e social e principalmente a insaciável necessidade do homen de compreender-se a si mesmo, sua origen ,crenças , cultura ,valores

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Modularidade da Memória e o Sistema Nervoso





RESUMO

A memória é o módulo do sistema nervoso, onde são absorvidos e memorizados todos itens que temos como experiência no nosso cotidiano e através destas experiências vai se desenvolvendo, podendo até mudar nosso comportamento levando alterações no funcionamento do sistema nervoso.Podemos absorver com o que aprendemos rapidamente ou no processo mais lento, como aprender a digitar ou guardar o desenho de um quadro após uma única visita a uma exposição.Podemos citar uma síndrome chamada amnésia que se origina de um paciente que sofria de epilepsia severa e que teve parte do seu cérebro removido para acabar com a lesão que sofria, um método muito usado anteriormente para tentar reabilitar os pacientes para o processo de aprendizagem pelo que lhe restou.Essa síndrome como memória de curto prazo indica que o paciente absorve mais rápidas as informações, mais não são capazes de guardar estas por mais tempo, porém em memória de longo prazo é mais freqüente em pacientes com esta doença com retenção de habilidades motoras, perceptuais e cognitivas.A memória em indivíduos lesados é considerada fraca, com deficiência de absorver todas as informações que são passadas para eles.O artigo cita também vário tipos de memória: recente onde usa métodos do que o paciente realizou há pouco tempo, exemplo o que tomou no seu café da manhã, remota quando fazemos regressão do que, por exemplo, fez na sua infância, a memória operacional que guarda somente a informação a ser utilizada e depois apagada,memória episódica onde é específica a informação guardada,muito parecida com a operacional,a semântica que é mais ampla onde guarda a linguagem,a vida social com seu cotidiano,a de procedimento onde está relacionado as funções da coordenação motora,a declarativa onde se absorve para uso posterior,explícita onde são lembranças conscientes no que foi realizado,implícita onde destaca o melhor desempenho de dadas determinadas tarefas sem necessidade de seje consciente,estas que se resumem para o processo de aprendizagem com treinamento repetitivos de suas habilidades,com capacidade de prestar atenção e constituir o processamento das informações memória de cada um.

Concepções de Desenvolvimento e de Aprendizagem no Trabalho do Professor




RESUMO

O artigo teve como objetivo mostrar as concepções de desenvolvimento e de aprendizagem através de uma pesquisa de campo em uma escola pública. Os autores buscaram delimitar seu referencial teórico em Piaget e Vigotski. No trabalho de campo foi apresentado aos profissionais da educação algum material destes autores para um primeiro contato. Foram elaborados questionários e roteiros de entrevistas, tendo como objetivo a obtenção de dados referentes aos conhecimentos que os profissionais desta escola tinham acerca das concepções. Concluiu-se que o trabalho destes profissionais não eram enviesados em uma única concepção, prevalecendo o senso comum e assim passou-se a ser discutido a Teoria do Cotidiano de Heller. Mesmo que já tivessem estado em contato com o estudo da psicologia estes profissionais se utilizam muito mais do conhecimento obtido através de ações e reflexões cotidianas do que das concepções de desenvolvimento e de aprendizagem.

Palavras-chave: concepções de desenvolvimento e de aprendizagem, trabalho do professor, Teoria do Cotidiano.

Questões da Infância: Considerações acerca dos espaços educativos na formação da criança enquanto sujeito




RESUMO

Este trabalho foi realizado por uma profissional da área de psicologia com intuito de estudar os espaços educativos, questões da infância e a formação da criança enquanto sujeito. Este trabalho discute questões como didática em sala de aula, forma de aprendizagem da criança e a necessidade da interação com a realidade como facilitador do raciocínio e conseqüente aprendizagem infantil. Foi mostrado um projeto realizado no Maranhão acompanhado de entrevistas e atendimento psicológicos individuais. Este projeto pretendia mostrar que o interesse pelo saber pode ser estimulado através de ações que complementam o ensinamento realizado dentro da sala de aula.

A Constituiçao da Inteligencia: Uma abordagem Psicanalitica






Resumo

Este artigo trata da construção da inteligência, e aprendizagem. Nele Regina Orgler Sordi através de teorias freudiana, lacanianas e com o trabalho de Bleichmar, fala sobre como o a inteligência é formada. Fala de como um individuo logo no começo de sua existência, tem em si, fatores de descarga que o impulsiona a participar do mundo externo, pois é a partir de uma primeira descarga de tensão, que ele começa a ter contacto com o mundo externo. Neste processo aparece outro individuo, e o ajuda então, o a ter contacto com este meio. Começa então, a satisfação de suas necessidades primaria,tendo sua primeira experiência sexualizada, onde ocorre uma mudança radical no primeiro termo, que ate então era impulsionada pelos fatores biológicos. A partir daí o individuo começa então a participar de outras experiências que o faz chegar a certo ponto, que ele necessitara organizar estas informações no inconsciente e saiba diferenciar sua experiência biológica das do ego, para que a partir daí, se construa uma entendimento do que esta se vivenciando e aprendendo.

Análise de erros ortográficos em diferentes problemas de aprendizagem.




RESUMO

O artigo em análise visou buscar subsídios para identificar o índice de dificuldades presentes em indivíduos que apresentam algum distúrbio no aprendizado.
O resultado, embora satisfatório, sugeriu a continuidade da pesquisa em um número maior de indivíduos para que se estabeleça distinções mais peculiares entre eles.

A aprendizagem como disciplina de diálogo: Implicações cientificas sociais







Resumo

Sócrates e Platão nos ensinaram a ser profundos e buscar a razão última das coisas.
Sócrates defendia que o bem era o conhecimento, e a ignorância, a fonte de todos os males. E sonhava com uma moralidade independente das doutrinas religiosas que amedrontavam os cidadãos. Para ele, o conhecimento era a fonte da moral, e uma sociedade é forte e justa se tiver em seu comando os homens mais sábios. Desenvolveu um método prático baseado no diálogo e no questionamento e que tem a razão como seu fundamento principal.
A primeira fase, o objetivo fundamental, é a análise de definições concretas, a qual reconhece nossa ignorância diante das definições que estamos buscando. Só quando reconhecemos nossa ignorância é que estamos aptos a buscar a verdade. A segunda fase consiste propriamente na busca da verdade, na definição universal. Neste sentido Sócrates propôs a maiêutica, que em grego significa “parto das idéias”. A maiêutica tinha por finalidade levar as pessoas a desenvolverem suas idéias e a darem à luz a novas idéias.Platão sugeriu que a sociedade deveria ser governada por uma classe especial denominada “Guardiões”. Estes cidadãos seriam selecionados e educados, desde a infância, com base em regras científicas que garantissem o desenvolvimento de sua competência administrativa e sabedoria para criar leis e governar Sócrates sobre a necessidade de se procurar uma nova base moral para vida, a qual deveria se encontrar em idéias e na verdade universal.
Na educação deve-se levar em conta tanto o corpo como o espírito. Os exercícios corporais a cultura estética e moral, e a formação científica e filosófica devem constituir o conteúdo da educação.Suas idéias para a educação eram a valorização dos métodos de debate e conversação, para alcançar o conhecimento. Dizia que os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar para desenvolver um homem moral, dedicando seus esforços para o desenvolvimento intelectual e físico.
Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física, sob a influência de Sócrates buscava a verdade essencial das coisas. Não poderia buscar a essência do conhecimento nas coisas, pois estas são corruptíveis, ou seja, variam, mudam, surgem e se vão.
(Estudos de Psicologia.Magalhães, Mauro de Oliveira. 2003 p. 37-50)

Repensando os Distúrbios de Aprendizagem a Partir da Psicologia Historico-Cultural



Resumo:

O presente artigo destaca os processos de aprendizagem, ensino e desenvolvimento em contextos educativos, compreendidos como práticas sociais e de constituição do psiquismo, entendido como processo de síntese dialética entre vários planos de desenvolvimento humano. Aborda o desenvolvimento diferenciado, ou seja, marcado por alguma forma de comprometimento mental, sensorial ou físico, como processo de síntese entre aspectos biológicos, psíquicos e sociais. Explora os conceitos de mediação, interação, processos sociais e culturais de significação, instrumentos técnicos e simbólicos articulando-os às idéias de conversão das relações sociais em funções psíquicas e de emergência de processos compensatórios (adaptação/transformação psíquica e física frente às adversidades relacionadas às divergências de cada um), buscando de maneira compensatória o equilíbrio entre talento biológico e cultural.A psicologia histórico-cultural interfere de forma ativa no que se refere ao caráter de desenvolvimento da aprendizagem; considerando o meio para a obtenção ideal do resultado, levando em consideração o histórico social, familiar, biológicos e culturais que permeiam os distúrbios da aprendizagem assim como a facilidade em seu desenvolvimento, buscando nas problemáticas do ensino a visão sobre cada um, identificando nas diferenças um território de diversidades que completam entre si as necessidades da historia da educação no país que atualmente se embasa também nos talentos culturais e não somente nos talentos biológicos.

sábado, 31 de outubro de 2009

Pergunta de Anatomia sobre apendizagem

Anatomia: Informar a localização do estímulo da memória e aprendizagem e os tipos de memória (curta, longa e ultra