terça-feira, 24 de novembro de 2009



RESUMO
A aprendizagem age de forma constante no processo de formação do sujeito. A psicologia tendo como um dos objetos de estudo a subjetividade, trata deste tema de forma rica e sempre em transformação. Na definição de teorias e na sua interpretação busca o melhor desempenho na assimilação de conhecimento. O relatório científico aqui apresentado trata do tema aprendizagem e subjetividade de forma multidisciplinar, abordando aspectos importantes e recorrentes deste assunto. Foi traçada uma pesquisa bibliográfica em cima de artigos produzidos, na sua maioria por psicólogos, onde houvessem abordados os assuntos aprendizagem e subjetividade. O objetivo deste trabalho é traçar uma linha de inter-relação do tema com as disciplinas estudadas no primeiro módulo do curso de psicologia, que tem como eixo temático e objetivo a formulação e percepção da psicologia como ciência.

I INTRODUÇÃO
A aprendizagem ocorre na relação entre a objetividade (a realidade, o conhecimento, a lógica, o espaço, o tempo, o intelecto) e a subjetividade (o simbólico, o desejo, as representações, os afetos).
Nos processos de aprendizagem, a capacidade de aprender que torna possível, às gerações futuras, tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores, acrescentarem sua própria contribuição e, assim, promover o progresso. É importante assinalar, que, os processos de aprendizagem são indissociáveis porque internalizamos modelos de aprender em reciprocidade aos modelos de ensino com os quais interagimos durante a vida nos grupos aos quais pertencemos.
Dentre os diversos temas que interagem com a subjetividade, escolhemos a aprendizagem por se tratar de um assunto que sempre está em evidência e ainda pelas relações diretas com as disciplinas estudadas neste módulo, anatomia e neuroanatomia, sociologia, epistemologia da psicologia, antropologia cultural, política e sociedade.
Delimitamos nossa linha de pesquisa às concepções de aprendizagem mais conhecidas e discutidas: cognitivista e comportamental; aos aspectos neuroanatômicos relacionados à memória, ferramenta importante do processo de aprendizagem; aos aspectos sócio-culturais, onde a relação do indivíduo com o meio transforma sua subjetividade e por fim o Psicólogo Educacional, que se apoiando em conceitos e métodos científicos aplicam os conhecimentos relacionados e ainda enriquece na formulação de novas teorias e percepções.
O objetivo deste trabalho é apresentar as formas interdisciplinares das relações de psicologia e aprendizagem com as disciplinas já citadas deste módulo. Considerando a aprendizagem e subjetividade tema pertinente e muito estudado neste campo da ciência.
II DESENVOLVIMENTO
II.1 SOBRE O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO TIDIR
A pesquisa envolveu procedimentos que objetivaram desenvolver conhecimentos sobre a psicologia como ciência e ainda a subjetividade.
Foram realizadas pesquisas eletrônicas utilizando ferramentas de busca na internet sobre os temas que poderiam ser relacionados à subjetividade, como: a questão do negro, os idosos, os drogaditos, aprendizagem, entre outros. Com esta pesquisa preliminar foi escolhido o tema “subjetividade e aprendizagem”, por se tratar de um tema interessante e ainda com grandes possibilidades de interlocução com todas as disciplinas estudadas neste módulo.
Partindo da escolha do tema, foi realizada nova pesquisa, agora especificamente relacionada à aprendizagem e subjetividade. O primeiro produto na elaboração deste trabalho foi a resenha de um artigo, que foi elaborado com o intuito de conhecermos mais o tema e ainda delimitar as áreas de desenvolvimento do trabalho, os sub-temas. Para tanto cada membro do grupo depois de eleger um artigo, desenvolveu uma resenha e a partir daí delimitou os sub-temas.
Com a orientação dos professores e da orientadora, realizamos leituras e fichamentos, já atrelados ao sub-temas e às perguntas que foram encaminhadas aos professores para serem desenvolvidas nos seminários destinados à discussão da interdisciplinaridade do tema. Nestes seminários houve além de indicação bibliográfica, orientações gerais sobre o viés que deveríamos seguir no desenvolvimento do trabalho.
Além das resenhas individuais, foram realizadas resenhas em dupla, com pelo menos um referencial teórico sobre a relação de cada disciplina com a aprendizagem e subjetividade.
Por fim, já com os produtos feitos por cada um e pelo grupo, houve a elaboração do presente trabalho.
Paralelamente a toda essa produção, o banner que deverá ser apresentado na Mostra UNA e o blog postado na Internet foi produzido buscando a divulgação do tema escolhido de forma objetiva, buscando recursos visuais e eletrônicos.
II.2 SUB-TEMAS
II.2.1TEORIAS DA APRENDIZAGEM – COGNITIVO E COMPORTAMENTA
Dentro da Psicologia a aprendizagem é um dos termos mais estudados. Uma das razões deste interesse no processo de aprender é que praticamente todo comportamento humano é aprendido.
A palavra aprendizagem envolve variáveis que se combinam de diversos modos, ela está sujeita a influência de fatores internos e externos, individuais e sociais. Aprender é uma palavra antiga e na língua portuguesa durante a Idade Média, já significava fixar na mente ou na memória, conhecer. A aprendizagem relaciona-se com operações e fenômenos diversos, como a motivação, a percepção, o desenvolvimento psicológico do organismo, a estrutura da personalidade, fatores sociais e culturais e muitos outros.
E é a capacidade de aprender que torna possível às gerações futuras tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores, acrescentar sua própria contribuição e, assim, promover o progresso.
Segundo Catania (1999) a aprendizagem tem que ocorrer por meio de alguma mudança no cérebro. Por isso, pela impossibilidade de observação direta, a aprendizagem é constatada e estudada através de seus efeitos sobre o comportamento.
No entanto existe um debate entre psicólogos intitulados comportamentalistas e os cognitivistas. Entre eles algumas dificuldades surgem porque esses dois tipos de psicólogos estão interessados em questões diferentes. Os comportamentalistas tendem a lidar com questões relativas à função. Enquanto os cognitivistas tendem lidar com questões de estrutura. Problemas estruturais dizem respeito a como o comportamento e o ambiente estão organizados. Enquanto problemas funcionais tendem falar uma linguagem comportamental.
Em se tratando de comportamento para darmos sequência no estudo da aprendizagem é preciso estudar como o comportamento pode ser modificado. E comportamento nada mais é do que qualquer coisa que um organismo faça, sendo ele caracterizado por verbos. E se observarmos um organismo veremos que ele sofre estímulos, pratica respostas e acarreta com isso consequências. Os estímulos são eventos no mundo e as respostas são instâncias do comportamento. E para completar dentro do comportamento as respostas são realizadas conforme uma hierarquia que prevalece os interesses momentâneos e deixa por último aqueles de menor importância.
E ao falarmos da aprendizagem é muito importante citarmos o período do ensino fundamental, que se estende dos seis aos doze anos de idade, e é nela que a criança vivencia a experiência escolar. É muito importante que seja reconhecida à capacidade de realizar tarefas em seu meio. Nesse momento ocorre a crise evolutiva advinda do desafio da produtividade e da inferioridade. O sucesso escolar contribui satisfatoriamente para o desenvolvimento da criança e seu fracasso pode trazer sensação de descumprimento de tarefa e dificultar o seu desenvolvimento posterior. Assim, intervenções positivas mesmo para rendimentos baixos tendem a melhorar o nível de rendimento sendo ponto importante para construção das crenças no momento da aprendizagem.
Conforme estudos realizados sobre à auto-eficácia e os aspectos comportamentais de crianças com dificuldade de aprendizagem destacou-se a importância da influência que o meio ambiente exerce na formação das crenças das crianças. Mostrou-se que há comparações sociais, e a avaliação do desempenho efetivo feita pelos outros têm influência sobre o desenvolvimento do senso de auto-eficácia da criança em formação.
A auto-eficácia foi definida como “a crença do indivíduo sobre sua capacidade de desempenho em atividades especificas” (MEDEIROS e col, 2000. p.238) e esta pesquisa provou que a auto-eficácia influencia a aprendizagem, a motivação e a realização acadêmica. Através da auto-avaliação se altera o pensamento e também o comportamento como conseqüência.
Estudos comprovam que crianças com dificuldades escolares podem trazer juntamente informações de desordem emocional e comportamental. Por isso, a descrença em suas capacidades pode enfraquecer seus esforços, fazendo com que as pessoas evitem situações que possivelmente excedam suas capacidades.
A criança dentro da sala de aula aprende mais facilmente quando dá sentido ao que está sendo ensinado. O conteúdo deve deixar de ser apreendido como obrigatório e deve ser entendido como algo importante e que tenha significado para sua vida. Assim se torna imprescindível a função do educador que deve introduzir a matéria de forma a despertar o interesse pelo novo. Para isso a individualidade deve ser bem trabalhada para que a formação possa atender cada um em particular. Foi mostrado que o fracasso escolar é uma recusa à aprendizagem devido a uma falta de interesse pelo ensinamento que muitas vezes segue um padrão que não estimulas os alunos.
Este trabalho discute questões como didática em sala de aula, forma de aprendizagem da criança e a necessidade da interação com a realidade como facilitador do raciocínio e conseqüente aprendizagem infantil.
II.2.2 ASPECTOS DA NEUROANATOMIA
A memória compreende o conjunto de habilidades mediadas por diferentes módulos do sistema nervoso, segundo Xavier (1993) processando as informações dividindo as tarefas a serem desempenhadas no nosso mundo externo, através do campo visual, olfato, tato e paladar. Nosso processo de aprendizagem começa nos nossos primeiros anos de vida e se desenvolve no decorrer da nossa trajetória de vida, formando posteriormente nossa personalidade e com ela somos inseridos em nossa cultura dentro da sociedade.
Abordamos vários tipos de memórias como: memória de longo e curto prazo, memória recente e remota, memória operacional e de referência, memória episódica e semântica, memória de procedimento e declarativa, memória implícita e explícita. A memória desenvolve também lesões como Alzheimer e amnésia, onde o indivíduo tenta recuperar a parte lesada perdida, através do processo de aprendizagem, pois é considerada memória fraca devido às falhas na codificação, deficiência no armazenamento. Neste contexto é interessante notar que as lesões combinadas do hipocampo e amídala prejudicam o desempenho em tarefas de discriminação condicional com retardo, mas não a aprendizagem (XAVIER, 1993).
Os movimentos repetitivos auxiliam para o armazenamento e a capacidade de prestar atenção constitui a principal limitação do processamento de informação, dependendo do processamento consciente depende do direcionamento da atenção, que a intencionalidade é fator fundamental para o desempenho de uma ação consciente complexa e que o ambiente para qual se desenvolve a ação faz parte da intencionalidade. O cérebro se organiza sob a forma de módulos funcionais capazes de trabalhar em conjunto e independente e esses módulos desempenham suas funções, através deste processamento as informações são distribuídas paralelamente e as informações são analisadas rapidamente. O sistema nervoso está organizado de forma estritamente modular, cada módulo mantém conexões diferentes com os outros e o nível de independência no funcionamento desses módulos parece variar (XAVIER, 1993).
“Memórias são como chocolates, elas possuem diferentes formas e características e contêm diferentes tipos de informações, assim a tarefa do neurocientista não é investigar o substrato neural singular de uma memória monolítica, mas identificar cada um dos diferentes sistemas neurais subjacentes a cada um dos tipos de memória”. (XAVIER apud OLTON, 1993. p. 62)

II.2.3 ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS
Segundo pesquisas realizadas por (Edit, N. M. (2004), os aspectos sócio-culturais apresentam-se cada vez mais influentes no que diz respeito ao caráter de desenvolvimento das habilidades necessárias para o processo de aprendizagem. Buscando através da vivencia social, cultural, familiar e dos aspectos físicos e biológicos uma melhor adaptação as necessidades de cada individuo. Já que a subjetividade trata de algo inato ao ser humano, e que interfere nas diversas habilidades desenvolvidas ao longo de suas vidas, tornou-se necessária uma adaptação diferenciada que pudesse despertar a motivação, e interação do individuo com seu meio de aprendizagem, buscando assim, alcançar o fim desejado. Após diversas pesquisas, concluiu-se que os aspectos sócio-culturais afetam em grande parte, na interação do individuo com o meio de aprendizagem, onde um bom desenvolvimento social e cultural bem como a adaptação de técnicas que se apóiem na subjetividade teve grande êxito como formas de capacitação e motivação do individuo em sintetizar novos conhecimentos.
Para que se considere o pensamento culturalmente mediado é necessário especificar não apenas os artefatos através dos quais o comportamento é mediado, mas também as circunstâncias nas quais o pensamento ocorre. Estas considerações nos levam de volta ao ponto essencial de que todo comportamento humano deve ser entendido relacionalmente, em relação ao seu contexto. (RIBAS apud COLE, 2006. p.132)
Finalmente, deve-se buscar atenção continua a cada individuo no que diz respeito aos impactos causados pelo desenvolvimento sócio cultural, visto que este é atingido constantemente por aspectos esternos e internos ao mesmo, o que pode modificar de acordo com o grau de adaptação e interesse gerados por estas modificações, já que as primeiras aprendizagens se dão em aspectos sócio culturais e são afetadas pelo mesmo durante toda a vida, temos que nos redefinir a cada momento, gerando assim empatia ou não por tudo que for colocado nesta complexa área dos aspectos que interferem no desenvolvimento da aprendizagem. Isto faz com que a necessidade de enfocar aspectos socioculturais nas investigações em psicologia seja destaque de diferentes autores, em diferentes épocas, onde o aspecto sociocultural representa uma grande fonte de conhecimento. São discutidas algumas idéias centrais da abordagem sociocultural, mudanças pelas quais passou nas últimas décadas por seus diferentes conceitos e autores, considerando a cultura e o contexto social como elementos centrais que se articulam de maneira conjunta na formação do individuo.

Do mesmo modo que a vida de uma sociedade não representa um único e uniforme todo, e a sociedade ela mesma é subdividida em diferentes classes, assim também, não pode ser dito que a composição das personalidades humanas representa algo homogêneo e uniforme em um dado período histórico, e a psicologia tem que levar em conta [...] o caráter de classe, natureza de classe e distinções de classe que são responsáveis pela formação dos tipos humanos. As várias contradições internas que são encontradas nos diferentes sistemas sociais encontram sua expressão tanto no tipo de personalidade quanto na estrutura da psicologia humana naquele período histórico (EDIT apud VIGOTSKI, 2004. p.434)

Em nosso entender, uma teoria, como a Psicologia Histórico-Cultural, que compreende o homem não somente como mais um animal na escala evolutiva biológica, mas sim, como um ser capaz de superar os limites dados pelo seu organismo através do desenvolvimento de instrumentos externos que modificam suas condições de vida e de instrumentos psicológicos (signos) que lhe permitem controlar seu próprio comportamento, é capaz de auxiliar na crítica e superação de algumas vertentes explicativas que servem muito mais à manutenção da atual sociedade excludente do que à sua transformação.

II.2.4 O PSICÓLOGO EDUCACIONAL

A trajetória da Psicologia da Educação trouxe para seu contexto o processo de democratização educacional e social. Aliando-se a tendência da psicologia em abrir seu objeto de estudo para os assuntos sociais, este perfil crítico busca a delimitação do lugar da psicologia neste cenário. As funções da psicologia tendo como finalidade a educação estão presentes assim como a ciência.
A prática dos profissionais da Psicologia da Educação, segunda Maria Helena Souza Patto, assume uma dimensão crítica, de acordo com suas pesquisas realizadas ao final da década de 70.
Dentre as finalidades educacionais, há referencias às concepções de desenvolvimento e aprendizagem presentes no trabalho de educadores e de psicólogos.
Pato relaciona os movimentos sociais e teóricos-políticos que marcaram a formação da sociedade no século XX, aos posicionamentos da psicologia como ciência. Ela conclui que embora tenham pontos de referencia e conclusões diferenciadas, a Psicologia da Educação teve seu parâmetro direcionado a fins semelhantes. “Assim, referenda o status quo da Educação e da Psicologia como ciências, por meio da ênfase em aspectos particulares dos indivíduos, das famílias ou do meio sociocultural que caracteriza muitas de suas explicações” (LARA, 2006. p. 474).
A concepção proposta por Vygotsky e descrita por Lara (2006), onde o não há coincidência entre os processos de desenvolvimento e aprendizagem e sim uma sequência, onde o processo de desenvolvimento segue o da aprendizagem que resulta em uma área de desenvolvimento potencial, cria um obstáculo em relação às concepções anteriores. A partir de então é necessário um novo posicionamento da Psicologia como ciência e como profissão.
Analisando as apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria de Vigotski, Duarte defende a “necessidade de uma leitura das teorias da Psicologia a partir de uma leitura das teorias da Psicologia a partir dos pressupostos epistemológicos que lhes dão sustentação.
O que pode ser percebido em algumas análises realizadas por autores como Patto, é a utilização de noções do senso comum sobre a aprendizagem. Segundo Lara (2006), o que deve prevalecer é a utilização de conceitos e de estudos científicos nos processos de desenvolvimento e de aprendizagem. A necessidade de conhecimento científico nesta aplicação do fazer pedagógico se justifica pela constituição de um espaço legítimo de educação. Assim, as reflexões teóricas devem coexistir com a prática dos profissionais envolvidos na educação.
“Por fazerem parte da esfera científica, as concepções de desenvolvimento e de aprendizagem que orientam o trabalho do educador devem ser apropriadas e dirigidas por elementos diferentes daqueles que orientam a vida cotidiana. Assim, para compreender as relações estabelecidas entre os conhecimentos produzidos pela Psicologia e sua apropriação pelos educadores, é importante considerar as esferas cotidianas e não cotidianas de relação do homem com o mundo” (LARA, 2006. p. 479)
Na análise do trabalho realizado por Lara, percebemos a necessidade clara de apropriação de conhecimento científico relacionado à Psicologia, e em especial, pelo tema proposto neste trabalho à Psicologia Educacional. Não há a possibilidade de alienação, de utilização do conhecimento cotidiano, ligado ao senso comum e ao improviso. Lara ainda ressalta a impossibilidade de aliar teorias contrárias e que se anulam no trabalho do psicólogo e dos profissionais atuantes nos processos de aprendizagem, garantindo “uma relação consciente com o que é científico de seu trabalho”

III CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os sub-temas abordados, entendemos a teoria como uma tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observações, de solucionar problemas.
Uma teoria de aprendizagem é, então, uma construção humana para interpretar sistematicamente a área de conhecimento que representa um ponto de vista sobre como interpretar o tema aprendizagem.
Todas essas definições se referem à aprendizagem cognitiva, àquela que resulta no armazenamento organizado de informações, de conhecimentos, na memória do ser que aprende, e esse complexo organizado é conhecido como estrutura cognitiva.
A memória é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos movimentos e dos sentidos, sendo a mesma usada quando necessário for, seja pra executar atividades, resolver problemas, na escola e principalmente na vida. A memória é a base de todo saber, sendo assim precisa ser muito bem estimulada.
A psicologia histórico-cultural assume que o fator biológico determina a base das reações inatas dos indivíduos. Sobre esta base se constitui todo o sistema de reações adquiridas, sendo estas determinadas mais pela estrutura do meio cultural da criança do que pelas disposições biológicas. Se é por meio do processo de apropriação da cultura que cada homem adquire as capacidades humanas, a compreensão atual acerca dos distúrbios de aprendizagem pode ser reconfigurada, demonstrando que mediações adequadas e consistentes podem ter caráter revolucionário para a aprendizagem, ao tornarem presente o talento cultural quando o talento biológico não se revela como esperado.
No Brasil, o reconhecimento da Psicologia como área de conhecimento e prática profissional ocorreu em 1962, mas os marcos históricos já anunciam sua presença junto à Educação entre o fim do século XIX e o início do século XX. A Psicologia Escolar e Educacional tem se constituído historicamente como importante campo de atuação da Psicologia. Sendo assim relatamos importância do Psicólogo Educacional no campo da Aprendizagem.








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